segunda-feira, 23 de maio de 2011

ATITUDES QUE DRENAM ENERGIAS

(Autor desconhecido)

1. Pensamentos obsessivos - Pensar gasta energia, e todos nós sabemos disso. Ficar remoendo um problema cansa mais do que um dia inteiro de trabalho físico. Quem não tem domínio sobre seus pensamentos - mal comum ao homem ocidental, torna-se escravo da mente e acaba gastando a energia que poderia ser convertida em atitudes concretas, além de alimentar ainda mais os conflitos. Não basta estar atento ao volume de pensamentos, é preciso prestar atenção à qualidade deles. Pensamentos positivos, éticos e elevados podem recarregar as energias, enquanto o pessimismo consome energia e atrai mais negatividade para nossas vidas.




2. Sentimentos tóxicos - Choques emocionais e raiva intensa também esgotam as energias, assim como ressentimentos e mágoas nutridos durante anos seguidos. Não é à toa que muitas pessoas ficam estagnadas e não são prósperas. Isso acontece quando a energia que alimenta o prazer, o sucesso e a felicidade é gasta na manutenção de sentimentos negativos. Medo e culpa também gastam energia, e a ansiedade descompassa a vida. Por outro lado, os sentimentos positivos, como a amizade, o amor, a confiança, o desprendimento, a solidariedade, a auto-estima, a alegria e o bom-humor recarregam as energia e dão força para empreender nossos projetos e superar os obstáculos.



3. Maus hábitos, falta de cuidado com o corpo - Descanso, boa alimentação, hábitos saudáveis, exercícios físicos e o lazer são sempre colocados em segundo plano. A rotina corrida e a competitividade fazem com que haja negligência em relação a aspectos básicos para a manutenção da saúde energética.



4. Fugir do presente - As energias são colocadas onde a atenção é focada. O homem tem a tendência de achar que no passado as coisas eram mais fáceis: “bons tempos aqueles!”, costumam dizer. Tanto os saudosistas, que se apegam às lembranças do passado, quanto aqueles que não conseguem esquecer os traumas, colocam suas energias no passado. Por outro lado, os sonhadores ou as pessoas que vivem esperando pelo futuro, depositando nele sua felicidade e realização, deixam pouca ou nenhuma energia no presente. E é apenas no presente que podemos construir nossas vidas.



5. Falta de perdão - Perdoar significa soltar ressentimentos, mágoas e culpas. Libertar o que aconteceu e olhar para frente. Quanto mais perdoamos, menos bagagem interior carregamos, gastando menos energia ao alimentar as feridas do passado. Mais do que uma regra religiosa, o perdão é uma atitude inteligente daquele que busca viver bem e quer seus caminhos livres, abertos para a felicidade. Quem não sabe perdoar os outros e si mesmo, fica ”energeticamente obeso”, carregando fardos passados.



6. Mentira pessoal - Todos mentem ao longo da vida, mas para sustentar as mentiras muita energia é gasta. Somos educados para desempenhar papéis e não para sermos nós mesmos: a mocinha boazinha, o machão, a vítima, a mãe extremosa, o corajoso, o pai enérgico, o mártir e o intelectual. Quando somos nós mesmos, a vida flui e tudo acontece com pouquíssimo esforço.



7. Viver a vida do outro - Ninguém vive só e, por meio dos relacionamentos interpessoais, evoluímos e nos realizamos, mas é preciso ter noção de limites e saber amadurecer também nossa individualidade. Esse equilíbrio nos resguarda energeticamente e nos recarrega. Quem cuida da vida do outro, sofrendo seus problemas e interferindo mais do que é recomendável, acaba não tendo energia para construir sua própria vida. O único prêmio, nesse caso, é a frustração.



8. Bagunça e projetos inacabados - A bagunça afeta muito as pessoas, causando confusão mental e emocional. Um truque legal quando a vida anda confusa é arrumar a casa, os armários, gavetas, a bolsa e os documentos, além de fazer uma faxina no que está sujo. À medida em que ordenamos e limpamos os objetos, também colocamos em ordem nossa mente e coração. Pode não resolver o problema, mas dá alívio. Não terminar as tarefas é outro “escape” de energia. Todas as vezes que você vê, por exemplo, aquele trabalho que não concluiu, ele lhe “diz” inconscientemente: “você não me terminou! Você não me terminou!” Isso gasta uma energia tremenda. Ou você a termina ou livre-se dela e assuma que não vai concluir o trabalho. O importante é tomar uma atitude. O desenvolvimento do auto-conhecimento, da disciplina e da terminação farão com que você não invista em projetos que não serão concluídos e que apenas consumirão seu tempo e energia.



9. Afastamento da natureza - A natureza, nossa maior fonte de alimento energético, também nos limpa das energias estáticas e desarmoniosas. O homem moderno, que habita e trabalha em locais muitas vezes doentios e desequilibrados, vê-se privado dessa fonte maravilhosa de energia. A competitividade, o individualismo e o estresse das grandes cidades agravam esse quadro e favorecem o vampirismo energético, onde todos sugam e são sugados em suas energias vitais.

Leiza Melo
Litoterapeuta

bom texto sobre como lidar com a raiva.....

"O Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em você." (Namastê)
'Evoluídos' sentem raiva só por um minuto
Por Emilce Shrividya


As escrituras do yoga dizem que uma pessoa evoluída conserva sua raiva por um minuto; uma pessoa comum conserva-a por meia hora e uma pessoa ainda não evoluída conserva sua raiva por um dia e uma noite. Mas uma pessoa cheia de mágoas lembra-se da sua raiva até morrer.

É humano sentir raiva, faz parte de nossa evolução, mas devemos esquecê-la rapidamente. Não devemos alimentá-la nos lembrando dela, nem remoendo acontecimentos passados, porque a raiva causa uma grande inquietude interior.

Somos as primeiras vítimas de nossa própria raiva. Ela nos queima por dentro, tirando nossa paz; obscurece nossos pensamentos, distorce nossas percepções.

A raiva acumulada, guardada um pouco aqui e ali, nos prejudica muito e nos afasta de Deus, de nossa verdadeira essência divina, de nossa bondade e compaixão.

As pessoas pensam que alguém ou algo lhes provoca raiva, mas essa raiva já existe dentro delas, é criada e mantida por elas. Se você sente raiva, não pode culpar a ninguém a não ser você mesmo.

Seis tipos de pessoas são tristes


No grande poema épico indiano, Mahabharata é dito:

"Seis tipos de pessoas são tristes:
- Aquelas que têm inveja dos outros
- Aquelas que odeiam os outros
- Aquelas que estão descontentes
- Aquelas que vivem da fortuna dos outros
- Aquelas que são desconfiadas
- Aquelas que têm raiva"


Verdadeiramente, é a raiva que produz as outras cinco condições que causam a tristeza.
E esta raiva assume muitas formas, muitas facetas como: aflição, ressentimento, contrariedade, mau humor, aspereza, animosidade, explosões de raiva, ira, rancor, crises de choro e soluço. Muitas vezes, as lágrimas não são sinais de fraqueza, mas a força da raiva.

A raiva envenena corpo e mente
Ataques de raiva e de mau humor produzem danos sérios nas células do cérebro, envenenam o sangue, causam insônia, depressão e pânico; suprimem a secreção dos sucos gástricos e da bílis nos canais digestivos, criando gastrites e úlceras, esgotam a energia e vitalidade, causam problemas cardíacos, provocam velhice prematura e encurtam a vida.
Quando você se zanga sua mente fica perturbada e isto reflete em seu corpo que sente distúrbios. Todo o sistema nervoso se agita e você se enerva, perdendo a harmonia, a eficiência de agir, o vigor e o entusiasmo.
A raiva é uma energia poderosa que precisa ser dissolvida para que você possa ser mais livre e saudável.
Colocar a raiva para fora apenas agrava esta emoção negativa e a faz crescer ainda mais. Se deixarmos isto sem controle, expressando nossa raiva cada vez mais, ela não vai se reduzir e sim aumentar, gerando mais dor e inquietude para nós.

Aprenda a lidar com a raiva


É necessário aprender a lidar com a raiva e nos livrar de seus efeitos negativos tanto físicos, mentais e espirituais.

Como o desejo está muito ligado à raiva, é importante quando sentimos raiva perguntar a nós mesmos o que queremos desta situação que não estamos conseguindo. Isto cria uma mudança em nosso foco. E em vez de ficarmos presos na raiva, nós a observamos. E logo depois, podemos perguntar a nós mesmos de que outra maneira podemos conseguir o que queremos. E podemos perceber que idéias alternativas surgem na mente e isto melhora nossa frustração e diminui a raiva.

Existem pessoas que gostam de ficar com raiva. Sentem satisfação, poder e liberdade quando têm explosões de raiva. Acham que até aliviam as tensões, mas depois se culpam e lutam para controlar isso. Ajudaria muito se elas entendessem que mesmo que possam sentir alívio no momento, isto não funciona. A raiva apenas escraviza, e é prejudicial tanto fisicamente, psicologicamente e espiritualmente.

Porém existem momentos que a raiva é incontrolável e nem temos tempo de nos fazer perguntas sobre o que queremos. Nesses momentos, não é possível sentir desapego, ficamos presos completamente. O que podemos fazer?
A melhor saída

A melhor saída é sair da situação, dar uma volta, se afastar do ambiente ou da pessoa, tomar um copo de água, respirar algumas vezes profundamente, lembrar-se de Deus, do mantra.

Depois quando nos acalmarmos, podemos voltar e lidar com o assunto de uma maneira mais equilibrada, sem ofender e magoar os outros; sem nos desequilibrar.

Quando falamos de uma maneira tranquila sem raiva, o outro pode até nos entender e ouvir melhor, mas quando falamos com raiva só criamos mais conflitos e desarmonia.

Para se afastar no momento da discussão ou apenas ficar calado até se acalmar é necessário humildade. Quando estamos com muita raiva, queremos que a outra pessoa admita que está errada e isto é orgulho. Esse orgulho impede que nos acalmemos. Mas se você admitir que dissolver a raiva é mais importante do que provar que o outro está errado, você sente a humildade que lhe liberta da tirania da raiva.

Todos os inimigos internos alimentam uns aos outros e se estamos presos no orgulho é mais difícil lidar com a raiva. A humildade nos ajuda a testemunhar o que está acontecendo dentro de nós.

Em vez de guardamos raiva por horas, ou dias, podemos largá-la logo e evitar assim muitos momentos de sofrimento. Basta não alimentarmos essa raiva, não remoendo e lembrando acontecimentos passados. Se voltarmos nossa atenção para outras coisas e para o momento presente, ficamos livres da raiva e podemos ter momentos felizes.

A raiva acumulada desde a infância gera a depressão que tira a alegria de viver. Hoje em dia muitos médicos receitam remédios para depressão que podem até aliviar um pouco os sintomas, mas enquanto a pessoa não for na causa verdadeira da depressão, ela vai ficar sempre dependente e triste, pois depressão é uma doença da alma.

Como diz a Bhagavad Gita, uma escritura do Yoga:
Aquele que é capaz de suportar, aqui na terra, a agitação que resulta do desejo e da raiva, é disciplinado; ele é verdadeiramente um homem feliz
.[5:23]

Cultive emoções positivas
Porém não podemos nos libertar da raiva simplesmente suprimindo-a. É necessário cultivar com constância os antídotos da raiva: a tolerância e a paciência.

Perceba em sua vida os efeitos benéficos da tolerância e da paciência e perceba também os efeitos destrutivos e negativos da raiva, dos ressentimentos e mágoas.

Contemplação e conscientização vão lhe motivar a desenvolver esses sentimentos de tolerância, paciência e aceitação além de fazer com que você tenha mais cuidado em não alimentar pensamentos de raiva.

Para ficarmos livres desse inimigo interno tão destrutivo que surge de uma mente insatisfeita e descontente, é essencial gerar o contentamento interior, a gratidão e o entusiasmo; cultivar a bondade, a benevolência e a compaixão. Isto vai produzindo serenidade mental que impede a raiva de se manifestar.

A prática regular da meditação nos ajuda muito a dissolver a raiva e transformá-la em paciência, aceitação, e o perdão surgirá espontaneamente. Com o perdão podemos abandonar os sentimentos negativos associados aos acontecimentos passados nos livrando das sensações de raiva e ressentimentos.

Baba Muktananda, em seu livro Encontrei a vida, nos conta que certa vez perguntaram à grande santa Rabi'a:
- Você alguma vez sente raiva?
-Sim -replicou ela-, mas só quando me esqueço de Deus."
Contemple essas palavras e compreenda que ao lembrar-se de Deus, ao desenvolver virtudes divinas, não haverá espaço para a raiva em seu interior e assim, você poderá ser mais livre e feliz. Fique em paz!


Referências bibliográficas
:
Encontrei a Vida- Muktananda, Swami- Ed. Vozes.
Lama, Dali-A arte da Felicidade-Ed. Martins Fontes.
Meu Senhor ama um coração puro- Chidvilasananda,Swami- Ed. Siddha Yoga Dham Brasil
Emilce Shrividya é professora de Hatha Yoga